Amados amigos e
irmãos na vinha do Senhor, permitam-me chamar a sua atenção para um milagre dos
mais instrutivos realizado pelo profeta Eliseu, conforme vem registrado no
capítulo quatro do segundo livro de Reis. A hospitalidade da sunanita fora
recompensada com a dádiva de um filho. Entretanto, todas as bênçãos terrenais
são de possessão incerta; depois de alguns dias o menino caiu enfermo e morreu.
A mãe angustiada, mas confiante, apressou-se a recorrer ao homem de Deus. Por
meio dele Deus lhe fizera uma promessa que atendeu aos anelos do seu coração, e
assim ela resolveu pleitear sua causa com ele para que a depusesse diante do seu
Mestre e obtivesse para ela uma resposta de paz. A ação de Eliseu está
registrada nos seguintes versículos: “Disse o profeta a Geazi: Cinge os lombos,
toma o meu bordão contigo e vai. Se encontrares alguém, não o saúdes, e, se
alguém te saudar, não lhe respondas; põe o meu bordão sobre o rosto do menino.
Porém disse a mãe do menino: Tão certo como vive o SENHOR e vive a tua alma, não
te deixarei. Então, ele se levantou e a seguiu. Geazi passou adiante deles e
pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não houve nele voz nem sinal de
vida; então, voltou a encontrar se com Eliseu, e lhe deu aviso, e disse: O
menino não despertou. Tendo o profeta chegado à casa, eis que o menino estava
morto sobre a cama. Então, entrou, fechou a porta sobre eles ambos e orou ao
SENHOR. Subiu à cama, deitou-se sobre o menino e, pondo a sua boca sobre a boca
dele, os seus olhos sobre os olhos dele e as suas mãos sobre as mãos dele, se
estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu. Então, se levantou, e andou no
quarto uma vez de lá para cá, e tornou a subir, e se estendeu sobre o menino;
este espirrou sete vezes e abriu os olhos. Então, chamou a Geazi e disse: Chama
a sunamita. Ele a chamou, e, apresentando-se ela ao profeta, este lhe disse:
Toma o teu filho. Ela entrou, lançou-se aos pés dele e prostrou-se em terra;
tomou o seu filho e saiu” 2 Reis 4:29-37 . A posição de Eliseu neste caso é
exatamente a sua, irmãos, quanto ao seu trabalho por Cristo. Eliseu teve que
lidar com um menino morto. É certo que no caso em foco tratava-se de morte
natural. Mas a morte com a qual vocês terão que relacionar-se não é menos
verdadeira por ser espiritual. Os rapazes e moças das igrejas espalhadas pelo
mundo, bem como os adultos, estão “mortos em delitos e pecados”. Queira Deus
que nenhum de vocês deixe de compreender inteiramente o estado natural dos
seres humanos! Se não tiverem claro senso da completa ruína e da morte
espiritual dos seus meninos, não poderão ser uma bênção para eles.
Aproximem-se deles
não como se estivessem apenas dormindo, e como se por sua própria capacidade os
pudessem despertar; mas sim como de cadáveres espirituais que só podem ser
vivificados pelo poder divino. O grande objetivo de Eliseu não era purificar o
corpo do defunto, ou embalsamá-lo com especiarias, ou envolvê-lo em linho fino,
ou colocá-lo em postura própria, e depois deixá-lo, cadáver ainda. Visava a
nada menos que a devolução da vida ao menino.
Caros Pastores e
Servos, oxalá jamais se satisfaçam com propósitos que se restrinjam a oferecer
apenas benefícios secundários, nem mesmo com a sua concretização.
Lutem pela maior
finalidade de todas: a salvação de almas imortais!
Sua ocupação não e
consiste simplesmente em ensinar as crianças e os adultos a lerem a Bíblia, nem
tampouco em inculcar-lhes os deveres morais, nem ainda em instruí-las na
simples letra do
evangelho. A
sublime vocação de vocês é a de serem os meios, nas mãos de Deus, para trazer
do céu a vida espiritual às almas mortas.
O ensino que
ministram no dia do Senhor será um fracasso se as pessoas continuarem mortos no
pecado.
No caso do
professor secular, o bom aproveitamento demonstrado pela criança quanto aos
conhecimentos prova que o professor não se esforçou em vão. Mas quanto a vocês,
ainda que aqueles que estão a seu cargo venham a ser respeitáveis membros da
sociedade, ainda que se tornem participantes assíduos dos meios da graça, vocês
não acharão que as suas súplicas ao céu foram atendidas, nem que se cumpriram
os seus desejos, nem que atingiram os seus altos objetivos, a não ser que algo
mais tenha sido feito isto é, a não ser que se possa dizer dos seus jovens: “O
Senhor os vivificou juntamente com Cristo”.
Portanto, o nosso
objetivo é a ressurreição! Ressuscitar os mortos é a nossa missão!
Somos como Pedro em
Jope ou como Paulo em Troas; temos ali uma
Dorcas, aqui um
Êutico para trazer à vida. Como é possível realizar obra tão singular? Se nos
rendermos à incredulidade, ficaremos atônitos pelo fato evidente de que a obra para
a qual o Senhor nos chamou está completamente além da nossa capacidade pessoal.
Não podemos ressuscitar os mortos. Se nos pedissem para fazer isso, cada um de
nós poderia dizer, como o rei de Israel:
“Sou eu Deus, para
matar e para vivificar?”.
Contudo, o nosso
poder não é menor do que o de Eliseu, pois ele não pôde devolver a vida ao
filho da sunamita.
É certo que não
somos capazes de fazer palpitar de vida espiritual os corações mortos dos
nossos alunos, mas um Paulo ou um Apolo seria igualmente incapaz.
Precisaríamos ficar
desanimados por causa disso?
Não servirá, antes,
para levar-nos a desprezar o nosso suposto poder pessoal, e conduzir-nos à
fonte do nosso verdadeiro poder?
Espero que todos
nós já estejamos cientes de que o homem que vive na região da fé, habita no
reino dos milagres.
A fé negocia
maravilhas, e sua mercadoria consiste de prodígios.
“A fé a promessa
vê,
e só a contemplará;
do impossível se
ri,
e brada: Assim
será!”
TEM CONTINUAÇÃO.
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