terça-feira, 10 de novembro de 2009

SEJA UM CRISTÃO EQUILIBRADO...PARTE..16



SEJA UM CRISTÃO EQUILIBRADO...PARTE..16

De modo que eles se reuniam num grupo de estudo e oração, do qual surgiu a coligação Cristã do Povo (The People’s Christian Coalition), cujo órgão oficial é o “The Post-American”. O primeiro número publicado em fevereiro de 1971 tinha uma representação do Senhor Jesus na primeira folha, coroado com espinhos, manietado e envolto com as estrelas e listas da bandeira americana. Muitos pensaram que o retrato fazia paralelo com a blasfêmia. Mas eu não compartilhei com a mesma reação. Pelo contrário, achei que foi uma expressão genuína que eles tinham pela honra de Cristo. Jim Wallis publicou no seu editorial: “A ofensa da religião estabelecida é a proclamação e a prática de uma caricatura de cristianismo inculturado, domesticado e sem vida, que nossa geração fácil e naturalmente rejeita. Nós achamos que a igreja americana está cativa dos valores e estilo de vida da nossa cultura. O cativeiro da igreja americana tem resultado na desastrosa equação: a maneira americana de vida somada à maneira cristã de vida”. Exatamente o mesmo poderia ser dito da expressão cultural do cristianismo em outras partes do mundo. Este é um dos principais problemas em muitas igrejas do Terceiro Mundo, que foram estabelecidas por missões da Europa e da América do Norte, e estão agora procurando suas próprias identidades indígenas. Estas igrejas confrontam-se com dois problemas culturais. O primeiro diz respeito à cultura nativa ou tribal, talvez especialmente na África. Os líderes nacionais reconhecem que alguns costumes africanos tradicionais refletem a origem pagã e são incompatíveis com a fé, amor e justiça cristã. O segundo problema diz respeito à cultura estrangeira (seja européia ou americana) que, muito freqüentemente, foi importada para o Terceiro Mundo com o Evangelho. É, em parte, porque esta invasão cultural tem parecido para muitos como uma afronta à própria dignidade nacional, é que muitos deles chegaram ao “fora com a religião do homem branco”. Naturalmente, o clamor está errado. Cristianismo não pertence ao homem branco e, nem tampouco, a qualquer outro grupo de homens. Jesus Cristo é Senhor de todas as raças, países e épocas, sem qualquer discriminação. Contudo, é certo para os africanos, asiáticos e latinos americanos procurar desenvolver suas próprias expressões indígenas da verdade cristã. Nesse sentido, o Dr. René Padilha fez um apelo eloqüente no Congresso Internacional sobre Evangelização Mundial, em Lausanne, em julho de 1974, quando atacou o que chamou de “cristianismo cultural”. Por conseguinte, líderes cristãos de igrejas jovens necessitam de grande sabedoria para discernir não apenas entre cultura nacional e cultura importada, mas, também, entre o que em ambas as culturas é honrável a Cristo e o que não é; o que tem valor e o que não tem. Eles precisam, também, coragem para reter uma coisa e rejeitar a outra.
O cristianismo europeu cujas raízes alcançam, aproximadamente, 2000 anos, está, também, profundamente enraizado na cultura dos séculos. Não é sem sentido que podemos falar sobre luteranismo, anglicanismo, presbiterianismo, metodismo e, mesmo, irmanismo.
TEM CONTINUAÇÃO DIARIA

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