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O pecador
é
SEM QUALIFICAÇÃO
MORAL PARA A SALVAÇÃO,
mas Cristo vai onde
ele está. Eu quero, se eu puder, não falar sobre isso como uma questão que tem
a ver com a multidão que está no exterior, mas conosco nesses computadores. Não
falo deles e delas, mas de você e de mim. Eu quero dizer a todos os pecadores,
"Você está em um estado no qual não há nada moralmente que possa
qualificá-lo para ser salvo, mas Jesus Cristo se encontra com você onde você
está agora. Lembre-se primeiro que quando o Evangelho foi enviado ao mundo,
aqueles a quem ele foi enviado estavam claramente sem qualquer qualificação
moral. Você já leu o primeiro capítulo da Epístola de Paulo aos Romanos? É uma
daquelas passagens terríveis na Escritura que não se destinam a serem lidas nas
Igrejas, mas a serem lidas e estudadas no segredo do próprio quarto. O Apóstolo
dá um retrato dos hábitos e costumes do mundo pagão, tão terríveis, que se não
fosse pelo fato dos nossos missionários terem nos informado de que é exatamente
a fotografia da vida pagã atual, infiéis poderiam ter declarado que Paulo havia
exagerado. Pagânismo na época de Paulo era tão perverso que seria totalmente
impossível conceber um pecado para o qual os homens não tinham caído. E ainda,
"Nós nos voltamos para os gentios" (Atos 13:46), disse o Apóstolo. E
o próprio Senhor ordenou: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a
toda criatura" (Marcos 16:15). O quê? Para sodomitas, cujo menor pecado é
adultério e fornicação? Para os ladrões e assassinos, aos assassinos de pais e
mães? Sim, ide e pregai o Evangelho a eles! Claramente, o fato é que o mundo
estava mergulhado até o pescoço na enorme sujeira da maldade abominável, e
ainda o Evangelho foi enviado a ele. Isso prova que Cristo não procura qualquer
qualificação de moralidade, ou a justiça do homem, antes, o Evangelho está
disponível para eles. Ele envia a Palavra para o bêbado, o blasfemador, a
prostituta, o mais vil dos vis. A esses que o Evangelho de Cristo destina
salvar. Lembre-se novamente, as descrições bíblicas daqueles a quem Cristo se
importou em salvar no mundo prova que Ele foi ao pecador onde ele estava. Como
a Bíblia descreve aqueles que Cristo veio para salvar? Como homens? Não, meus irmãos,
Cristo não veio para salvar os homens como homens, mas os homens como
pecadores. Como pecadores sensatos? Não, eu acho que não. Eles são descritos
como "mortos em delitos e pecados" (Efésios 2:1). Mas para a Lei e
para o Testemunho, deixe-me ler uma ou duas passagens. E, quando eu lê-las, espero que você possa ser capaz de
dizer: "Há esperança para mim". Em primeiro lugar, aqueles a quem
Cristo veio para salvar são descritos em 1 Timóteo 1:15 e em muitos outros
lugares, como "pecadores". "Esta é uma palavra fiel e digna de
toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos
quais eu sou o principal". Pecadores, sem qualquer adjetivo antes da palavra.
Não é "pecadores acordados", nem pecadores se arrependendo, mas
pecadores como pecadores. "Certamente", diz um, "eu não estou
descartado". Outro relato é encontrado em Romanos 5:06, Porque Cristo,
estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Por quem? Aqueles
que tinham algum desejo por Deus? Algum respeito ao Seu nome? Não, "para
os ímpios. Um homem ímpio significa um homem sem Deus, que não se importa com o
Senhor. Deus não está em todos os seus pensamentos, e, portanto ele não é o que
os homens chamam de um "pecador sensato". Os ímpios são como a palha
que o vento leva embora" (Salmos 1:4). Mesmo assim essas são as pessoas
que Cristo veio para salvar. No mesmo capítulo (Romanos 5), versículo 10, você
os encontra mencionados como "inimigos". "Quando éramos ainda
inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de Seu Filho". O que
você acha disso? Eles não são descritos como amigos. Em certo sentido, Cristo
deu a Sua vida pelos Seus amigos "Mas Deus prova o seu próprio amor para
conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores‖
(Romanos 5:8). Inimigos de Deus foram os objetos da Graça Divina, de modo que em
inimizade Cristo vem e encontra o homem onde ele está. Em Efésios 2:1 lemos
sobre eles como "mortos em seus delitos e pecados". E você lê Ele vos
deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados". Cristo, então,
não pede ao pecador para estar vivo. O Evangelho não é apenas para ser pregado
para aqueles que têm alguma boa noção, alguns bons desejos, algum tremor de vida
celeste em seu interior, mas para os mortos como mortos. É para os mortos que
Cristo vem, e os encontra no túmulo de seus pecados. Novamente, Efésios 2:3 -
eles são "filhos da ira". "E éramos, por natureza, filhos da
ira, como também os demais". No entanto, o Evangelho veio para tais. Você
consegue ver algo de esperançoso em um filho da ira? Peço-lhe para olhá-lo dos
pés à cabeça se assemelha-se a um filho da Ira‖ Você consegue ver um pouco de bondade
tão grande quanto uma ponta de alfinete no homem? E Cristo ainda assim veio
para salvá-lo. Mais uma vez, eles são mencionados como "malditos".
"Ah", diz um pecador, "eu muitas vezes tenho me amaldiçoado
diante de Deus, e lhe pedido para me amaldiçoar". Bem, Cristo morreu para o
maldito, Gálatas 3:13, "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se
ele próprio maldição em nosso lugar. Isto é, para nós, que estávamos sob a
maldição. E, mais uma vez, eles são descritos pela terrível palavra
"perdido". Eles estão perdidos para a esperança, para toda a consideração
por si mesmos. Até mesmo seus próprios amigos deram o seu caso como perdido. "O
Filho do Homem veio para buscar e salvar o perdido"(Lucas 19:10). Se eu
entender as passagens que eu li na sua audiência, elas querem dizer apenas isto
que aqueles a quem Cristo veio salvar não têm nada de bom que coopere para a sua
salvação. E Cristo não olha para eles a fim de encontrar alguma coisa que seja
boa neles. Eu ouso dizer que o único requisito para a limpeza é a imundícia. O único
requisito para ter um Salvador é estar perdido. E o único meio de chegarmos a
Jesus é como pecadores perdidos, mortos e malditos. Mas, em terceiro lugar, é
quase certo a partir do trabalho da Graça Divina em si, que o Senhor não espera
que o pecador faça alguma coisa ou seja alguma coisa para encontrá-Lo, mas que
Ele vai a ele onde o pecador está. Olhe, pecador, Cristo morreu no Calvário, o peso
do pecado está sobre seus ombros, e em seu coração. Nas mais terríveis agonias,
Ele grita com a deserção do seu Deus. Para quem Ele morreu? Para os inocentes?
Por que para os inocentes? Que sacrifício que eles precisam? Para quem tinha alguma
coisa boa em si? Todas essas agonias para tais? Certamente um preço menor
poderia ser pago por eles se pudessem lançar pra fora de si a culpa dos
pecados. Mas porque Cristo morreu por causa do pecado, eu entendo isso que aqueles por quem Ele morreu devem ser
vistos como pecadores, e apenas como tal. Na medida em que Ele pagou um preço
terrível, suponho que eles deveriam ser terrivelmente endividados, e que Ele
morreu por aqueles que não tinham nada com o que pagar. Mas Cristo ressuscitou,
ressuscitou para nossa justificação. Para justificação de quem? Para a justificação
daqueles que já foram justificados em si próprios? Ora, isso realizaria um
trabalho desnecessário! Não, meus irmãos, para aqueles que não tinham justificação
em si próprios, e nem uma sombra dela, que foram condenados, absolutamente
condenados por conta de suas próprias obras. Além disso, eu O ouvi pelo ouvido
da fé, implorando diante do trono eterno. Por quem Ele pleiteava? Por aqueles que
poderiam se defender por conta própria?
isso seria desnecessário. Os homens dão seu dinheiro para os ricos? Será
que eles compartilham a caridade com quem não precisa? Se os homens têm algo a
pleitear para si, então por que Cristo intercederia por eles? Não, irmãos, ele
implora por aqueles que nada têm, nada que possam usar como um argumento para
que se cumpram suas orações. Mas Cristo subiu e recebeu presentes. Para quem?
Para aqueles que mereciam recompensas? Não, na verdade, deixe-os recompensarem
a si próprios. Mas ele recebeu dons para os homens; sim, para os rebeldes, para
que o Senhor Deus pudesse habitar no meio deles. Mas Ele dá o Espírito Santo.
Para quem Ele dá o Espírito Santo? Para aqueles que são fortes e bons, e podem
fazer tudo sozinhos? Ó, meus irmãos, não! Ele dá o Espírito Santo àqueles que
são impotentes, fracos, mortos. Ele dá o Trabalhador Santo àqueles que são
profanos e cheio de pecado. Ele coloca a Influência Onipotente para aqueles que
eram escravos do espírito do mal. Irmãos, a obra de Cristo supõe um perdido,
arruinado, pecador rebelde e por isso
digo Cristo encontra o homem onde ele
está. Ainda mais, eu desejo esclarecer este ponto antes de o deixar, o caráter
divino da Graça de Deus prova que Ele encontra o pecador onde ele está. Se Deus
perdoa somente os pequenos pecadores então Ele é pequeno em Sua misericórdia.
Se o Senhor não faz algo maior do que os homens podem pensar, então, temos
feito muito barulho sobre o Evangelho, e exaltado a Cruz acima da medida. A
menos que haja algo de extraordinário na Graça Divina, então eu não consigo entender
passagens como esta: "Porque assim como os céus são mais altos do que a
terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus
pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos". (Isaías 55:9) Atrevo-me
a dizer, irmãos, que muitos de nós temos a idéia de perdoar os nossos inimigos.
Isso por vezes tem sido parte do nosso prazer, fazer o bem aos que nos odeiam.
Agora, se Deus deseja ser divino em Sua graça e tenho certeza que Ele deseja Ele deve fazer algo maior do que isso. Ele não
deve apenas perdoar os seus inimigos, mas eles devem ser inimigos com um
caráter tão atroz que nenhum homem os perdoaria"Quem é Deus perdoador como
tu, Ou quem tem graça tão rica e livre?" Mas onde está o sentido de
gloriar-me, se o Senhor apenas perdoa os pecadores que estão conscientes de
seus pecados e lamenta-os? A maravilha está nisso que enquanto eles ainda são inimigos Ele os chama
por Sua graça e convida-os a mercê. Sim, mais, ele apaga os pecados e os faz
amigos, indo assim ao encontro do pecador, onde ele está. O espírito e o gênio
do Evangelho proibe totalmente a suposição de que Deus exige alguma coisa de
qualquer homem, a fim de salvá-lo. Se a salvação é oferecida ao homem sob uma
condição, aqueles que preenchem a condição tem o direito de cobrar a bênção.
Este é o antigo Pacto de Obras. A substância da Aliança legal é "Faça isso
e eu te recompensarei". Quando o homem faz, ele merece o que foi prometido.
Sim, e se você fizer a condição sempre tão fácil, mas, note bem, contanto que
seja uma condição, Deus está vinculado à sua própria palavra, a condição de
serem cumpridas, para dar ao homem o que ele ganhou. Isso é trabalho e não a
Graça Divina. Trata-se de uma dívida e não de um livre favor. Mas, na medida em
que o Evangelho é um livre favor do começo ao fim, tenho a certeza absoluta que
Deus não exige nada nem bons desejos,
nem boas vontades, nem os bons sentimentos de um pecador antes que ele possa vir a Cristo. Mas que ele
saiba que tudo é de graça, o rebelde é ordenado a vir assim como ele é, não
trazendo nada, mas, levando tudo para Deus, que é superabundante em
misericórdia, e, portanto, encontra o pecador exatamente onde ele está. Eu digo
ao pecador, onde quer que esteja hoje, se você está sem nenhuma virtude e se
você está cheio de todos os vícios. Se não há pontos positivos em seu caráter.
Se há tudo o que é mau contra o homem e contra Deus em você. Se você tiver
cometido todos os crimes no catálogo, se você tiver arruinado seu corpo e
condenado a sua alma, ainda assim, Cristo disse que "Aquele que vem a mim de maneira nenhuma
o lançarei fora" (João 6:37). E se for a Ele, Ele não poderá mais te
lançar fora, como se você tivesse sido o mais virtuoso, o mais nobre, e os mais
devoto de todos os homens vivos. Só hoje acredite na misericórdia de Deus, em
Cristo, e lance-se sobre Ele e você será salvo para o louvor e glória da Graça
Divina que se encontra com você exatamente onde você está, e salva-o do pecado.
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