“Agora, pois, se haveis de usar de
benevolência e de verdade para com o meu senhor, fazei-mo saber; se não,
declarai-mo, para que eu vá, ou para a direita ou para a esquerda”. (Gênesis
24.49) O capítulo de onde o texto é extraído está repleto de particularidades.
Há um extraordinário paralelismo entre Eliezer procurando uma esposa para
Isaque e os ministros de Cristo procurando almas para Jesus. É mais que uma
alegoria. É, de fato, uma parábola bastante instrutiva de como devemos lidar
com as almas de homens e mulheres para o
nosso Senhor. Assim como Abraão enviou seu servo para buscar uma noiva para seu
filho, nós também somos comissionados a buscar aqueles que serão trazidos a
Igreja para, finalmente tomarem assento na festa das bodas, como noiva de
Cristo, no País de Glória celestial! Podemos
até pra perceber Eliezer orando por todo o caminho. Nem por um momento passou
por sua mente qualquer dúvida sobre a interferencia de Deus nos assuntos
humanos, mas com coragem e simplicidade procurou saber Sua vontade. Assim,
depois de apresentar seu pedido, o encontramos confiando tranquilamente e
aguardando em silêncio, para saber se o Senhor havia feito próspera a sua
jornada, ou não. Embora seus esforços tenham sido coroados com sucesso, ele
continuou reconhecendo que o cumprimento da sua missão de forma tão rápida foi
resposta de oração. Foi a direção de Deus e não sua própria perspicácia ou
sabedoria que lhe conferiu êxito. Também é assim com todo verdadeiro ministro
do Novo Testamento. Ah, se não orarmos por vocês, meus caros ouvintes, nossa
pregação será uma hipocrisia! Nunca devemos falar de Deus aos homens no poder
da persuasão, a menos que falemos dos homens a Deus no poder da oração! Não foi
sem muita oração e muitos suspiros do meu coração que vim aqui falar pra vocês
esta noite. Acredito ter sido enviado com a missão de encontrar alguns que
foram escolhidos por Cristo dentro do propósito e Aliança divinos e peço ao meu
Senhor que haja muitos destes aqui. Era assim que este servo fiel orava ao Deus
do seu senhor. Enquanto orava, percebia como Abraão era leal ao senhor dele. Evidentemente,
percebeu que a missão em que estava não era propriamente sua, mas que fora o
instrumento escolhido para fazer a vontade do seu senhor. A expressão meu
senhor‖ é o refrão deste capítulo. A palavra
senhor‖ ocorre 22 vezes. Nao era o desejo de Eliezer ser independente de
Abraão ou do seu filho. Ao contrãrio, Seus pensamentos foram os do seu senhor suas palavras foram em louvor do seu senhor seus feitos em nome do seu senhor. Ele não se
pertencia, mas era servo de outro. Esta também é a nossa posição. Ai do
ministro que perde de vista a verdadeira relação entre ele próprio e seu
Senhor, ou que começa a pensar em servir aos seus próprios interesses em vez
dos interesses Daquele que o chamou e o enviou! Meus irmãos e irmãs, nós não
nos pertencemos; somos escravos de Cristo. Que nosso coração se mantenha sempre
fiel a Ele! Que nossos lábios sempre Lhe profiram louvor! Que nossa vida sempre
testemunhe a devoção que temos para com o nosso Senhor! Nada do que temos é propriamente
nosso tudo é Dele; Seu absoluto domínio
sobre nós é o nosso maior prazer. George Herbert fala da fragrância Oriental‖
que reside nas palavras meu Senhor. De fato, este é um nome cheio de aroma
suave e de santa alegria. Sendo assim, até mesmo o aqui e agora se torna um Céu
para servi-Lo! Mas, o que será visto em Sua face quando Sua noiva for trazida
para casa em segurança? “Ó Jesus, Tu prometeste” A quantos seguem a Ti Que onde
estiveres em Glória, Teus servos estarão ali! E Jesus, eu prometi, Servir-Te
até o final. Dá-me a graça de seguir-Te Senhor e Amigo leal.” Observem como o
atento Eliezer aproveitou a oportunidade para obedecer às ordens do seu senhor.
Seu amor a Abraão o fez cumprir, sem demora, a incumbência que lhe foi
confiada. Quando Rebeca veio ao poço ele iniciou uma conversa da mesma forma
que o Senhor Jesus fez, tempos depois, com a mulher samaritana no poço de Jacó:
pediu que lhe desse de beber. As duas cenas ao lado do poço poderiam quase
compor figuras complementares. Em seguida, Eliezer mui habilmente, descobriu
seu nome e foi convidado por Rebeca a hospedar-se em casa do seu pai. Sinto um
regozijo especial sempre que tomo conhecimento da visita de um servo de Deus à
uma casa quando ele é o meio de ganhar alguns membros daquela família para seu
Senhor! Devemos sempre ter o objetivo de fazer das nossas visitas uma bênção
para aqueles a quem visitamos. Isto conta muito a favor do homem que é
capacitado a proceder assim. Se compreendermos que estamos a serviço do nosso
Mestre o tempo todo, devemos dar um bom testemunho diante de todos com quem
entramos em contato o tempo todo, deixando bem claro que velamos pelas almas
como quem há de prestar contas delas. Que possamos fazer isso com alegria e não
com tristeza. Tem algo mais neste homem que é digno de nota. Ele levou sua
tarefa a sério e seguiu com um objetivo definido, direto ao alvo. Não tinha
vários propósitos, mas apenas um. Ele não foi até ali com outra finalidade a
não ser a de encontrar uma esposa para Isaque. Por isso, embora estivesse
confortavelmente acomodado e fosse chamado, por Labão, de o abençoado do Senhor,
não estava satisfeito. Ele levava tão a sério sua missão que nem mesmo se
alimentou até que a houvesse esclarecido por completo. Como todo verdadeiro
servo de Cristo, ele pôs os negócios do Senhor à frente do seu bem-estar e
conforto e, até, da necessidade de alimento. Quando um homem começa a pensar
mais em seu alimento do que em fazer a vontade de Deus, ele deixa de ser um ministro
fiel! Imitemos a diligência do servo de Abraão aqui. Eliezer disse a Betuel e a
Labão o que tinha ido fazer ali e, antes que terminasse seu discurso, voltou-se
a eles e lhes disse claramente: Agora,
qual a resposta de vocês à mensagem do meu senhor? Não posso continuar em
suspense. Se vocês usarão de benevolência e de verdade para com o meu senhor,
digam-me. Se não, digam-me, para que eu volte pela direita ou pela esquerda‖.
I.
Observem,
inicialmente, que
ELE EXPÔS CUIDADOSAMENTE SUA
SITUAÇÃO.
Vocês não devem esperar
que os homens se decidam sobre uma questão que não lhes foi apresentada. Nosso
jovem e bom irmão que vai ao púlpito clamando:
Creia, creia‖, mas não diz aos seus ouvintes em que devem crer não conseguiu
muita coisa! Vocês não podem pedir as pessoas para comprarem algo que vocês não
têm para lhes oferecer. Eliezer abriu sua bolsa, expôs seus produtos e procurou
fazer negócios em nome do seu senhor. O que ele falou aos seus ouvintes
interessados? Para começar, disse que seu senhor era grande e lhes deu alguma idéia
de quão rico ele era ao repassar a lista de suas posses: rebanhos e manadas,
prata e ouro, camelos e jumentos, servos e servas. Fez elogios ao seu senhor
como eu também procuraria fazer ao meu. As palavras são insuficientes para falar da Sua grandeza!
Este mundo é Dele e todos os mundos que Ele fez. A prata é Minha e o ouro é
Meu, diz o Senhor dos Exércitos. Ele reivindica todas as coisas na terra,
animadas e inanimadas. Toda fera do campo é Minha e o gado aos milhares sobre
as montanhas. Nenhum outro pode se igualar a Ele. “Quem mediu as águas na
concha das mãos e tomou a medida dos céus? Quem recolheu numa medida o pó da
terra e pesou os montes com pesos e os outeiros em balanças? Ele é tão
grandioso que todas as coisas são pequenas comparadas a Ele. Eis que, as nações
são como uma gota de um balde e são como o pó miúdo da balança: eis que, Ele levanta
as ilhas como uma coisa pequeníssima. Não é, de fato, um glorioso Senhor para
ser servido? Quão grande é a Sua bondade e como é grande a Sua beleza!
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