quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

PREPARANDO VIDAS PARA JESUS CRISTO—P/33







Enquanto o discípulo aprende por meio de um processo, o discipulador se dedica a esta pessoa como se fosse um filho, conduzindo-o por um processo de amizade e alvos claros para a maturação em Cristo. O alvo e medida da maturidade traduzida em bom relacionamento com Deus, consigo mesmo e com o próximo e serviço desinteressado. Discipulado é o processo de instruir, inspirar, capacitar, equipar e treinar pessoas no caminho da salvação em Jesus. Este processo atinge os dois lados, o discípulo e o discipulador. Ambos entram em um processo que acelera o seu desenvolvimento, do discípulo em sua perspectiva e necessidade de crescimento, bem como do discipulador que no momento em que se encontra em seu desenvolvimento precisa desta experiência para que se aproxime desta medida da estatura de Cristo. Deus deu a cada um de Seus mensageiros uma obra individual. Em todas as dimensões da vida é o mesmo: há momentos em que alguém cuida de nós; num próximo momento passamos cuidar de nós mesmos e num momento posterior passarmos a cuidar de nós e de outros. Parece que a vida nos ensina para cada vez mais servirmos e cuidarmos de outros  é o mesmo com o discipulado. O discipulado atinge sempre os dois lados envolvidos no processo  discípulo e discipulador, assim como os pais aprendem muito ao ensinarem os filhos. O discipulado verdadeiro mantém o mesmo frescor e espontaneidade de um relacionamento pai e filho. Este relacionamento manifesta interesse genuíno no desenvolvimento para a salvação. Não há desnível no relacionamento  do tipo “eu sei e você não sabe,” e não há glórias humanas nem aplauso, pois quem aplaudiria um relacionamento por ser genuíno? O aplauso vem depois quando o pai olha para trás e vê os resultados de seu empenho e sacrifício. O filho olha para trás e vê duas coisas: gratidão por que alguém o acompanhou em sua jornada, guiando os passos trôpegos até que conseguisse andar por si e vê um modelo digno a ser seguido naquele que o guiou.  Qualquer organização que lide com seres humanos e que queira fazê-lo com excelência, ordem e decência ( 1 Co. 14:40) precisa criar estímulo, espaço e estrutura para que sejam as pessoas a ela ligadas sejam treinadas, capacitadas e motivadas, principalmente quando esta é a missão principal desta organização. No caso da organização chamada igreja, a igreja precisa entender a sua natureza primeira: igreja são as pessoas que a compõe e não uma instituição como pessoa jurídica. Compreendendo esta natureza, a igreja deve criar espaço, estímulos e estrutura para que aqueles que a compõe sejam discipuladores e discípulos. O presente estudo pretende principalmente instrumentalizar os líderes da igreja capacitando-os para tanto organizar a igreja para um discipulado eficaz, bem como para tornar os membros mais maduros em líderes servidores, capacitadores, em suma discipuladores. Qualquer conceito de discipulado precisa sempre ser analisado à luz da compreensão da Revelação de Deus e da natureza do ser humano e da igreja. Sem entender estas dimensões corremos o risco de tratar do assunto com superficialidade. Podermos cair na tentação de ir do extremo de tratar a igreja como uma empresa e os seus membros como meros funcionários ou ao outro extremo de nos vermos apenas como uma fraternidade informal e sem organização unificada para o avanço.
O que vai despertar o povo do tempo do fim para a pregação do evangelho? A chuva serôdia? O derramamento final do Santo Espírito de Deus? Não! Este será dado apenas àqueles que desde agora organizam a vida conforme a Palavra. O que despertará a igreja é a obediência à Palavra hoje. Há pessoas que acham que tem que sentir a necessidade para então obedecer. Obediência verdadeira é quando o crente se nega a si mesmo, toma a sua cruz e segue o Mestre, sabendo que caso contrário não será digno do mestre.

                       A Natureza do Ser Humano

                        Ser humano completo, integral

O que é Ser Humano? Qual a sua natureza? É adequado discipular ou treinar uma pessoa? Será que o desenvolvimento de pessoas faz parte da missão da igreja? Aqui não podemos entrar em todas as dimensões do ser humano. Durante toda história filósofos, psicólogos, antropólogos, sociólogos, etc. têm tentado defini-lo e há conhecimento vasto à disposição, que não queremos abordar aqui. Por isso abordaremos apenas alguns pontos que contribuirão para a compreensão melhor do assunto aqui tratado. O ser humano é uma obra de arte dinâmica e em constante movimento. Deus criou o ser humano e o fez como um ser em constante desenvolvimento e transformação. Certo filósofo grego disse: “não é possível uma pessoa tomar banho duas vezes em um rio! Primeiro, por que a água do rio não será mais a mesma e segundo, por que o ser humano não será mais o mesmo.” Uma compreensão de um ser humano estático, mecânico procede de outras fileiras filosóficas. A idéia de que o ser humano é o que é, como se algo determinasse que assim ele é, sem possibilidades de mudar, não pertence à compreensão bíblico cristã do ser humano. Um raciocínio fatalista e determinista se instalou na igreja: “aquela pessoa tem fé, eu não tenho!” Como se estivesse predestinado de maneira imutável o fato de uma pessoa ter fé e outra não, uma ter coragem e outra ser medrosa, uma pessoa ser amorosa e a outra não e ponto final. Como se não houvesse um processo de crescimento que Deus está procedendo na vida de cada um que se entrega a Ele... Não é assim e não pode ser assim. Cada pessoa deve se desenvolver e se tornar aquilo que Deus a está chamando para ser. Veja os textos bíblicos que falam sobre crescimento: II Pedro 3:17-18 “Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que pelo engano dos homens perversos sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza; antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.”
Meu Pai é o Lavrador. Toda a vara em Mim, que não dá fruto, a tira. João 15:1 e 2. Conquanto o enxerto esteja externamente unido à videira, pode não haver nenhuma ligação vital. Então não haverá crescimento ou fertilidade. Assim pode haver uma aparente conexão com Cristo, sem uma real união com Ele pela fé. Uma profissão de religião introduz os homens na igreja, mas o caráter e a conduta mostram se eles se acham em ligação com Cristo. Se não dão frutos, são falsas varas. Sua separação de Cristo envolve uma ruína tão completa como a que é representada pela vara seca.  Se alguém não estiver em Mim, disse Cristo, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. João 15:6.
TEM CONTINUAÇÃO DIARIAS.

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