Quer ver uma briga terminar? Chame
o Pai!
Temos, durante séculos,
travado batalhas espirituais contra Satanás e os pequenos vilões de sua
vizinhança, usando palavras de intimidação e, algumas vezes, paus e pedras.
Mas, agora, é tempo de clamar pelo nosso Pai e ver nossas batalhas tomarem um
rumo totalmente diferente. Digo-lhe, com toda fé que há em meu ser, que, se
nosso Pai permitir que Sua presença toque a terra uma vez que seja, se ao menos
uma pequena lágrima de Seus olhos caísse em uma cidade como Los Angeles, Nova Iorque,
Rio de Janeiro ou São Paulo, uma enchente de Sua glória traria avivamento à
terra, os demônios fugiriam e os pecadores cairiam de joelhos! Jesus, nos ajude!
Venha, oh, Pai! Abba, Pai! Papai! Precisamos do Senhor! A verdade é que, se
você está realmente faminto para ver o Pai se manifestar, terá que compreender
que deve parar de buscar Seus benefícios ou pedir que Ele faça isto ou aquilo.
Temos transformado o que erroneamente chamamos de "Igreja" em um
grande "clube da bênção" ao qual nos associamos, por causa desta ou daquela
bênção. Não estou certo de que ainda precisamos buscar bênçãos. Foi isto que os
israelitas fizeram ao longo da história, depois de terem fugido da face de
Deus. Precisamos buscar quebrantamento, arrependimento, e dizer, não só com
palavras, mas também através de nossas ações: "Deus, queremos o Senhor!
Não importa se fará ou não algo por nós. Vamos subir ao altar. Deixe que Seu
fogo nos purifique, para que finalmente possamos ver Sua face." Por que
passaríamos por isto? Existem, pelo menos, duas razões nas quais posso pensar.
Primeiramente, a experiência de contemplar a glória de Deus é transformadora. É
a maior experiência de correção comportamental pela qual o ser humano pode
passar, e tem, como conseqüência, a morte da carne. A segunda razão é que o
verdadeiro propósito da manifestação da presença de Deus em nossas vidas é o
evangelismo. Se pudermos carregar um resíduo da glória de Deus para nossas casas
e locais de trabalho, se pudermos atrair uma pequena porção do brilho de Sua
presença para dentro de igrejas mornas, não teremos que implorar para que as
pessoas venham a se arrepender diante do Senhor. Elas correriam para o altar
tão logo a glória de Deus rompesse suas cadeias elas não poderiam vir de outro
jeito! Nenhum homem vai a Deus a não ser pelo arrependimento e salvação através
de Jesus. Qualquer outro meio para salvação traz embutida a marca do
destruidor. O Senhor sabe que temos tentado facilitar o caminho para as pessoas
virem a Ele através de uma graça barata e de um avivamento sem custo. Mas os
efeitos desta barganha mal duram uma semana. Por quê? Tudo que proporcionamos
às pessoas foi um encontro emocional com o homem, enquanto elas necessitavam de
um encontro fatal com a glória e a presença do próprio Deus. De agora em diante,
nossa oração deveria ser: "Pai, confessamos que queremos ver uma mudança
em nossas vidas e em nossa igreja para que possamos trazer mudanças em nossa
cidade. Dê-nos tal amor e paixão pelo Senhor, que comecemos a ver Sua glória
fluir através de nós para convencer e salvar os perdidos. Mostre Sua presença
através de nossas vidas, assim como o Senhor fez através de Charles Finney, quando
ele andava pelas fábricas e via trabalhadores dobrarem seus joelhos sob a Sua
glória e clamarem por perdão, embora nenhuma palavra tenha sido dita ou
pregada. Que a mais tênue sombra de Sua presença em nossas vidas possa curar os
doentes e restaurar os coxos que encontramos pelas ruas. Permita que estejamos
de tal forma imbuídos de Sua presença, que as pessoas não consigam entrar em
nossos lares ou permanecerem em nossa presença, sem que se arrependam de seus
pecados. Que a Sua glória, Pai, traga convencimento em suas vidas e as conduza
à salvação, não por causa de nossas palavras, mas por causa de Sua presença e
poder em nossos corações." Para ser honesto, estou procurando pelo mesmo
tipo de avivamento que aconteceu nas ilhas Novas Hébridas quando oficiais foram
enviados ao evangelista Duncan Campbell, que estava conduzindo cultos noturnos
naquela região, e disseram: "Será que você poderia nos acompanhar à
delegacia? Há uma multidão por lá, não sabemos o que está acontecendo, mas,
talvez, você saiba." (Isto, realmente, aconteceu!) O evangelista conta
que, enquanto se encaminhava à delegacia, juntamente com os policiais, às
quatro horas da madrugada, se chocou com a calamidade que pairava no ar: parecia
que uma praga estava sobre o lugar. Atrás de cada porta e por todo lado, havia
pessoas chorando e clamando. Homens se ajoelhavam nas esquinas, mulheres e
crianças, ainda de pijamas, estavam na entrada de suas casas chorando. Quando o
evangelista, finalmente, chegou à delegacia, encontrou a multidão chorando e dizendo
aos policiais: "O que está acontecendo, o que está errado?" Elas nem
conheciam Deus o suficiente para saber que Ele era Quem as estava movendo! Tudo
que sabiam era que havia algo errado e que eram culpadas. Por isto, elas foram à
delegacia para confessar sua culpa. O que havia de errado com elas era o pecado
em seus corações e Deus as convencera disto repentinamente. Quando estas
pessoas começaram a invadir a delegacia com suas confissões, os policiais não
tiveram como respondê-las. O evangelista se colocou na escada da delegacia,
naquela madrugada, e pregou o "simples" evangelho do arrependimento e
da salvação através de Jesus Cristo e ali ocorreu um avivamento genuíno. Este é
o tipo de avivamento de que estou falando, o tipo que vai, rapidamente, soterrar
todo recurso e poder humano nas igrejas todas ao redor do mundo. O mundo está
faminto, mas não há pão fresco Em nosso estado atual, seríamos totalmente
incapazes de administrar tal "colheita" de almas. Não temos, em nossas
prateleiras, quantidade suficiente do pão da presença de Deus para dar às
massas famintas! Talvez o que vou dizer incomode algumas pessoas, mas não
suporto nossa mentalidade de que a igreja deva funcionar apenas "meio
expediente". "Não há pão na
Casa do Pão", mas ele tem que ser repetido até que algo mude. Por que, em
quase toda esquina, existe uma pequena loja de conveniências, aberta 24 horas
por dia, para suprir a demanda dos consumidores? Enquanto isso, a maior parte
das igrejas, que deveriam satisfazer a fome de Deus que as pessoas têm,
funcionam somente quatro horas por semana no domingo pela manhã e à noite! Por
que a igreja não fica aberta dia e noite? Não deveríamos estar oferecendo aos
famintos o Pão da Vida? Algo está terrivelmente errado e não acho que seja a
fome por Deus. As pessoas estão famintas, tudo bem, mas conseguem diferenciar o
"pão dormido", de experiências religiosas antigas, do pão fresco, a
genuína presença de Deus. Mais uma vez, devemos concluir que as pessoas
famintas não estão batendo em nossas portas porque a Casa do Pão está vazia. É
interessante notar que nenhuma das cinqüenta maiores igrejas do mundo está nos
Estados Unidos. "E como poderiam? Não enviam missionários pelo mundo por
mais de duzentos anos?" Os famintos precisam de pão fresco, em abundância,
não de velhos farelos do último banquete espalhados pelo chão. Tem um Pastor
que pastoreia uma igreja com aproximadamente 7 mil membros. Sua igreja é, sem
dúvida, o melhor modelo de "igreja em células" nos Estados Unidos.
Certa vez, ele contou que recentemente participara
de uma conferência internacional e o que descobriu lá encheu seus olhos de
lágrimas.
Ele disse: " Algo realmente me deixou
angustiado naquela conferência." E explicou que a conferência ofereceu um
seminário a pastores de igrejas com mais de cem mil membros. Ele disse: "Não pude evitar. Eu tive que
espiar a sala de reuniões para me certificar se havia alguém lá. Para minha
surpresa, ali estavam umas 20 ou 30 pessoas. E fiquei contristado por não poder
tomar parte daquele grupo." E, com lágrimas nos olhos, aquele pastor, disse: "Então me dei conta, de
que ninguém naquela sala era americano." Ele é um homem bem-sucedido pelos
padrões americanos. Em sua cidade, que tem cerca de 400 mil habitantes, ele
conseguiu alcançar um número considerável de pessoas. No entanto, ele ainda
quer fazer mais. Ele não é daquele tipo que se preocupa com quantidade ou fica
contando o número de membros na igreja para competir com outros pastores e
poder se gabar dos cultos dominicais. Ele é um "ganhador de almas".
Suas lágrimas não eram de inveja, eram lágrimas de sofrimento.
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