quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Depois da morte para onde iras, O Céu ou o Inferno...P/01—02/10/2013



“Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; e os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.” Mateus 8:11-12
Em nossa terra é permitido falar aberta e claramente, e seu povo está sempre pronto a prestar ouvidos atentos a qualquer um que possa dizer algo digno de atenção. Por isso tenho certeza que disporemos de um auditório atento, pois não existe nenhuma razão para supor o contrário. Esse campo, como todos vocês estão cientes, é de propriedade privada. E eu queria sugerir aos que saem para pregar ao ar livre, que é muito melhor ir a um campo ou a um terreno sem edificações, do que bloquear caminhos e interromper negócios; e é ainda muito melhor estar em um lugar que tenha proteção, para prevenir de imediato qualquer distúrbio. Nessa tarde pretendo animá-los para que busquem o caminho ao céu. Terei que expressar também algumas coisas severas relativas ao fim dos homens que se perdem no abismo do inferno. Sobre esse dois temas irei pregar com a ajuda de Deus. Porém, lhes suplico, por amor de suas almas, que discirnam o que é correto e o que não é; comprovem se o que eu lhes digo é a verdade de Deus. Se não é, rejeitem totalmente meu ensino e o joguem fora para bem longe  mas se é verdade, e o desprezam, será por sua conta e risco; pois como terão que responder diante de Deus, o grandioso Juiz de céus e terra, não lhes irá bem se desprezam as palavras desse servo e de Sua Escritura. Meu texto consta de duas partes. A primeira é muito agradável para mim, e me dá grande prazer; a segunda é terrível; mas posto que ambas sejam verdades, ambas devem ser pregadas. A primeira parte de meu texto é: “Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus”. A frase que eu chamo de a parte negra, escura e ameaçadora é essa: “E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.”.
I. Tomemos a primeira parte. Aqui existe uma
PROMESSA EXTREMAMENTE GLORIOSA.
Irei ler ela novamente: “Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus”. Gosto muito desse texto, porque me revela o que é o céu, e me apresenta um belo quadro dele. É dito que é um lugar onde me sentarei com Abraão, Isaque e Jacó. Oh, que pensamento mais doce é esse para o trabalhador. Muitas vezes ele limpa seu suor de sua fronte, e se pergunta se acaso existe uma terra onde não terá que afanar-se nunca mais. Muito raramente come uma casca de pão que não esteja úmida com seu suor. Diversas vezes vai para casa esgotado e se deixa cair numa cadeira, talvez desmaiado e cansado para poder dormir. Ele se pergunta: Ah, não existe um a terra onde eu possa descansar? Não existe um lugar onde eu possa ficar quieto? Sim, você que é filho do trabalho árduo e estafante: “Existe uma terra feliz Longe, longe, muito longe” Onde esse trabalho árduo e estafante é desconhecido.  Alem  do firmamento azul, existe uma formosa cidade luminosa, cujos muros são de jaspe, e cuja luz brilha mais que o sol. Ali “os ímpios deixam de perturbar, e ali os de esgotadas forças descansam.” Ali estão os espíritos imortais que não precisam se limpar do suor de suas frontes, pois “não semeiam nem segam”, nem estão submetidos a um trabalho árduo e cansativo.
“Ali em um monte verde e florido Suas cansadas almas se sentarão: E com gozos grandiosos farão Um conta das fadigas de seus pés” Para minha mente, uma das melhores visões do céu é que ele é uma terra de repouso; especialmente para o trabalhador. Os que não têm que trabalhar  duro, pensam que amarão o céu como um lugar de serviço. Isso é muito certo. Porém, para o trabalhador, para o homem que labora arduamente com seu cérebro ou com suas mãos, sempre será um doce pensamento que exista uma terra onde iremos descansar finalmente. Pronto, essa voz não será forçada mais: logo, esses pulmões não terão que se exercitar além de seu poder; logo, esse cérebro não será atormentado pelo pensamento; mas eu me sentarei à mesa do banquete  de Deus; sim, estarei reclinado no peito de Abraão, e estarei tranquilo para sempre; oh filhos e filhas de Adão que estão cansados, não terão que empurrar o arado em um ingrato solo no céu, não terão que se levantar para desempenhar árduos trabalhos antes que o sol nasça, e trabalhar ainda quando o sol tenha se posto já a um bom tempo; mas sim estarão tranquilos, estarão quietos, descansarão, pois todos são ricos no céu, todos são felizes lá, todos estão em paz. Trabalho duro, problemas, cansaços, esforços, são palavras que não podem ser soletradas no céu; não existem tais coisas ali, pois ali todos sempre repousam. E notem com que boa companhia comparte. Eles “sentarão com Abraão, Isaque e Jacó.” Algumas pessoas pensam que não reconhecerão ninguém no céu. Mas nosso texto declara que nós nos sentaremos “com Abraão, Isaque e Jacó”. Então, tenho certeza que estaremos conscientes que eles são Abraão, Isaque e Jacó. Eu escutei a história de uma mulher que perguntou a seu marido, quando estava prestes a morrer: “meu querido, você crê que me conhecerá quando você e eu cheguemos ao céu?” Ele respondeu: “Se eu a reconhecerei? Vamos, sempre a conheci enquanto esteve aqui, e pensa que irei ser mais insensato quando chegue ao céu?” Penso eu que foi uma excelente resposta. Se nós nos conhecemos aqui na terra, nos reconheceremos depois. Eu tenho queridos amigos que partiram para o além, e sempre é um pensamento doce para mim que, quando pise meu pé, como espero fazê-lo, no umbral no céu, ver minhas irmãs e irmão me tomarem pela mão, dizendo: “Sim, amado, já está aqui.” Parentes queridos que foram separados, se encontrarão novamente no céu. Alguns de vocês perderam uma mãe que se foi ao céu; e se você segue as pisadas de Jesus, você se encontrará com ela lá. Em outro caso, parece-me que vejo a alguém que vem lhe receber à porta do paraíso; e ainda os laços de afeto natural possam ter sido esquecidos em certa medida  se me permitem usar uma figura  que abençoada ela seria quando ela se voltasse para Deus e lhe dissera: “Aqui estou eu, e os filhos que me tens dado.” Reconheceremos a nossos amigos: esposo, você reconhecerá sua esposa. Mãe, você reconhecerá a seus amados filhinhos; você via suas figuras quando jaziam brancas, ficando sem alento. Você se lembra como se jogou sobre suas tumbas ao momento de ser lançada a fria terra sobre eles, e se disse: “A terra a terra, o pó ao pó, as cinzas as cinzas;” porem, você voltará a escutar suas amadas vozes de novo; você escutará essas doces vozes uma vez mais; você ainda saberá que as pessoas que você amou, foram amadas por Deus. Por acaso não seria um lúgubre céu para nossa habitação, um onde não pudéssemos conhecer a ninguém e ninguém nos reconhecesse? Não me interessaria ir a um céu assim. Eu creio que o céu é a comunhão dos santos, e que nos reconheceremos uns aos outros ali. Muitas vezes pensei que terei muito gosto em ver a Isaias; e tão logo chegue ao céu, creio que irei perguntar por ele, porque ele falou mais sobre Jesus do que todos os demais profetas. Estou certo que vou querer encontrar George Whitefield, que continuamente pregou ao povo, e se gastou como zelo mais que seráfico. Oh sim, teremos uma companhia eleita no céu, quando cheguemos. Não haverá distinção entre cultos e incultos, clero e leigos, mas sim caminharemos livremente entre todos; sentiremos que somos irmãos; sentaremos -nos com “Abraão, Isaque e Jacó.” Escutei outra vez sobre uma dama que recebeu a visita de um ministro em seu leito de morte, e lhe disse: “quero fazer-lhe uma pergunta, agora que estou a ponto de morrer.” “Bem,” perguntou o ministro, “qual é a pergunta?” “Oh”, respondeu ela, muito afetada, “quero saber se existem dois lugares separados no céu, pois eu não poderia suportar que Beth, a cozinheira, estivesse no céu junto comigo. Ela é tão pouco refinada.” O ministro deu a volta e respondeu: “oh, não se preocupe por isso senhora, não há temor disso; enquanto não se despoje desse seu orgulho maldito, você jamais entrará no céu.” Todos nós devemos nos despojar de nosso orgulho. Devemos nos humilhar e estar sobre uma base de igualdade diante dos olhos de Deus, e ver em cada homem um irmão, antes de poder esperar ser recebido na glória. Bendizemos a Deus, e lhe damos graças porque não preparará mesas separadas para uns e para outros. O judeu e o gentio se sentarão juntos. O grande e o pequeno se alimentarão dos mesmos pastos, e “nos sentaremos com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus.” Mas meu texto tem ainda uma doçura mais profunda, pois afirma que “muitos virão e se sentarão.” Alguns fanáticos de mente estreita pensam que o céu será um lugar muito pequeno, onde haverá pouquíssima gente que assistiu a sua capela ou a sua igreja. Eu confesso que não tenho nenhum desejo de um céu pequeno, e me dá muito gosto ler nas Escrituras que na casa de meu Pai há muitas mansões. Que frequentemente escuto que o povo diz: “Ah, estreita é a porta e apertado o caminho, e poucos que são os que acertam com ele.

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