segunda-feira, 8 de junho de 2009
CRISTIANISMO POBRE
CRISTIANISMO POBRE
"...e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra." (II Crônicas 7:14)
Parece um filme sem graça: enquanto milhares de muçulmanos, budistas e hindus se convertem aos milhares ao Cristianismo nos países onde a crença em Jesus Cristo pode levar à morte, outros milhares deixam de lado os ensinamentos bíblicos do mestre e preferem viver sob a mediocridade de uma vida regida por suas próprias vontades - e isso, nos países onde desfrutar as bênçãos do Evangelho é permitida e até incentivada pela dita "liberdade religiosa".
Quem são os cristãos? Os evangélicos? Os católicos? Os padres e pastores? Pelo menos no Brasil, mais da metade de seus 166 milhões de habitantes, se diz cristã. São aqueles que acreditam que Deus é o criador do Universo e que seu filho, Jesus, veio ao mundo e morreu pendurado numa cruz para perdoar os pecados da humanidade. Alguns crêem em sua ressurreição. Outros preferem lembrá-lo com a coroa de espinhos e os pregos encravados nos pulsos. É algo meio místico: parece que olhar uma vez por ano (quase sempre na "Semana Santa") para esse Jesus de rosto triste, olhos azuis e cabelos longos encaracolados é o suficiente para se alcançar o perdão - com validade anual, é claro.
Não é de hoje que estudiosos e pesquisadores anunciam fórmulas para o crescimento e ao mesmo tempo, o esvaziamento das igrejas. Teólogos famosos já atribuíram o "boom" evangélico na América latina nas últimas décadas ao formato de seus cultos, à teologia da prosperidade... Por sua vez, os mesmo teólogos lembram o esvaziamento das igrejas européias como conseqüência do desenvolvimento econômico e social - quem enriquece, não precisa de Deus. Essa é a primeira definição do Cristianismo medíocre: Jesus é para os pobres e desesperados.
Quando a história tem outro lado, quando um "rico" se declara dependente de Jesus e seguidor do Evangelho, vêm as explicações bizarras: busca de status, "síndromes" disso e aquilo... Lavagem cerebral! Jó? É uma lenda! Patrícia Abravanel? No mínimo, carente psicótica. No Brasil é permitido ver duendes e EtC. Mas Jesus não. Assim é o nosso país "cristão".
Diferença
Não posso culpar de todo a mídia pelas distorções e infelizes conclusões à respeito dos cristãos, principalmente quando se trata de alguém "evangélico". Primeiro, porque creio na Bíblia e sua contemporaneidade e por isso sei que "nossa luta não é contra carne ou sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes." (Efésios 6:12). Em segundo, por que às vezes, os próprios evangélicos se permitem serem cobrados por sua postura. Donos de uma arrogância incrível, fazem sempre questão de enfatizar que são os melhores, os certos, os "santos". Não discordo que muitos vêem em Deus essa possibilidade e única e exclusivamente por causa Dele, por Sua graça, o são. Mas outros (e infelizmente, a maioria)... o que vem os diferenciando do "resto"? As palavras ou a vida? Apenas a certeza dessas promessas ou a vivência e prática delas?
É isso que o mundo cobra: a diferença. A cabeça pensante do país está cansada de "ouvir falar" num Cristianismo que transforma e quer "ver" a transformação. Parece que a mídia descobriu o que muitos ainda precisam enxergar: tem gente vivendo o Cristianismo medíocre e não sabe. Lotam as igrejas aos domingos, mas não vivem a alegria de ser "nascido de novo". Caminham em direção à "Terra prometida", mas ainda têm o "Egito" em seus corações - e atitudes.
Nas garras da mediocridade
Sem generalizar, uma coisa é certa: a cada dia, mais e mais cristãos se distanciam do Cristianismo autêntico para cair nas garras da mediocridade. Vivem um Cristianismo barato, sem graça, chato. Têm a vida cristã como um fardo.
Em qualquer outra religião do mundo, os seguidores buscam ao seu deus com mais intensidade, compromisso e disciplina que os cristãos. Na Nova Era, há longos períodos de jejum. Entre os budistas e muçulmanos, há o momento diário de oração - um momento sagrado e tão necessário quanto à alimentação diária. Até entre os satanistas há os rituais que não podem ser deixados de lado. E entre os cristãos? Para muitos, basta ir à igreja uma vez na semana. Oração? É um peso que com a rotina diária merece o segundo, terceiro ou quarto plano. Jejum? Melhor nem comentar - totalmente dispensável.
É realmente muito triste avaliar a igreja ao nosso redor com olhos e ouvidos bem abertos. Entre os jovens - mas não apenas entre eles -, há a "normalidade" que o mundo prega: é "normal" freqüentar boates, namorar sem compromisso, beber, relacionar-se sexualmente antes do casamento. Entre os adultos, há o imperialismo do tradicionalismo e comodismo: para que mudar? Para que pregar? Para que trabalhar? Não sei orar; não preciso ter novas experiências com Deus... Isso sem falar no turbilhão de pecados que ronda as igrejas sem produzir um mínimo de arrependimento. O resultado? Vidas despedaçadas, famílias desestruturadas, igrejas doentes, crentes sem compromisso e... cristianismo medíocre.
Onde está o prazer da vida com Deus? Onde está o "novo" de Deus à cada amanhecer? Onde está o compromisso gerado por amor a Jesus, e não apenas pelos dogmas e imposição da igreja?
Não sou daquelas favorável à igreja do "não faça isso" e "não faça aquilo". Mas sou totalmente à favor de ver, sentir, ouvir a diferença naqueles que são cristãos autênticos, geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo escolhido! Muitos cristãos ainda precisam descobrir as maravilhas que estão por trás dessas promessas. Precisam negar o cristianismo de rotina, de nome. Precisam deixar de ser "mornos". "Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca." (Apocalipse 3:16).
Se sua vida cristã é um peso, cuidado. Se você acha que não precisa orar todos os dias e nem sente vontade disso, pare e pense: você pode estar vivendo um Cristianismo morno e medíocre. Não se contente com pouco. Queira uma vida melhor, um cristianismo de fé e de vitórias. Não se satisfaça com uma vida cristã que lhe traga mais decepções e frustrações que a vida mundana. Não deixe que o brilho do mundo pareça mais intenso que a luz de Jesus ou que a vida longe de Cristo seja mais atraente.
Busque a Deus e descubra o prazer de estar em Sua presença. Acredite, Ele tem o melhor para seu povo. "...Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam..." (I Coríntios 2:9 ).
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Caro amigo José Geraldo, muito boa esta tua mensagem, eu tenho dito isto em meu blog, que a partir do momento nos declararmos verdadeiramente cristão e não um frequentador de igreja vamos viver o que se disse Deus a Isais, "Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra.(Is 1:19)", pois tem muita gente que esta indo nas igrejas em busca da benção e se esquece do Abençoador, ai não recebem de Deus o que precisam, "Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. (Mt 15:8)".
ResponderExcluirGraça e Paz em Cristo Jesus
Pr. Jorge Rodrigues