Você não pode
buscar a face de Deus e preservar a sua própria "face " Quando Deus
nos diz: "Vocês não podem ver Minha face", muitos, rapidamente,
retornam às atividades normais e ficam satisfeitos, pensando já terem cumprido
seu dever religioso. Quando descobrimos que os mais valiosos tesouros requerem
a morte para si mesmos, para o "eu", interrompemos nossa
"caçada". Nem mesmo questionamos, ou tentamos descobrir por que Sua
presença nos vem sem que paguemos um preço. Talvez, porque tenhamos medo de sermos
impertinentes, ou porque tenhamos medo da resposta. Moisés insistiu e aprendeu
que "perseguir" a Deus, movido por amor à Sua pessoa, não o
incomodava, mas, sim, significava a maior alegria do Seu coração. O desejo
ardente de ver a glória de Deus, de vê-Lo face a face, é uma das chaves mais
importantes para o avivamento e para o cumprimento dos propósitos de Deus sobre
a terra. Analisemos atentamente a "caçada" que o antigo patriarca
Moisés empreendeu atrás da glória de Deus. Quando Moisés pediu a Deus:
"Mostre-me Sua glória", o Senhor respondeu: "Não, Moisés, você
não pode vê-La. Somente os que já morreram podem ver a Minha face." Felizmente,
Moisés não parou por aí. Infelizmente, a Igreja, sim. Seria mais fácil, para
aquele homem, ter-se contentado com a primeira resposta de Deus, mas ele não se
deu por satisfeito. Moisés não estava sendo egoísta ou presunçoso. Ele não
estava buscando coisas materiais ou fama pessoal. Ele nem mesmo estava buscando
milagres ou dons (e olha que Paulo nos exorta a buscarmos os melhores dons em
sua Carta aos Coríntios). Tudo que Moisés queria era Deus, e desejá-Lo é a maior
alegria que Lhe podemos proporcionar. Mesmo para Moisés, aquele que buscou Deus,
as coisas não foram fáceis."Então ele [Moisés] disse: Rogo-te que me
mostres a tua glória. Respondeu-lhe: Farei passar toda a minha bondade diante
de ti, e te proclamarei o nome do Senhor; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia,
e me compadecerei de quem eu me compadecer. E acrescentou: Não me poderás ver a
face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá. Disse mais o Senhor:
Eis aqui um lugar junto a mim; e tu estarás sobre a penha. Quando passar a
minha glória, eu te porei numa fenda da penha, e com a mão te cobrirei, até que
eu tenha passado. Depois, em tirando eu a mão, tu me verás pelas costas; mas a
minha face não se verá." (Êxodo 33.18-23.) Quando Moisés, no Monte Sinai,
teve tal conversa com o Senhor, os israelitas já tinham virado as costas para
fugir de Deus, após Ele lhes pedir que se aproximassem. Somente Moisés se
achegara à nuvem da presença de Deus. Em temor e tremor, Israel, por causa de
seus pecados, tinha implorado que Moisés e, depois, os sacerdotes araônicos se
colocassem entre eles e o temível Deus. Muitas vezes, Moisés já tinha se
achegado à nuvem na tenda da congregação: ainda assim ele ousou desejar mais.
Buscaremos a Deus
ou a aprovação dos homens?
Enquanto Moisés
buscava a presença de Deus em favor dos israelitas, no alto do monte, seu irmão
Aarão, o sumo sacerdote, constrangido pela pressão da opinião pública,
concordou em fazer um bezerro de ouro para ser idolatrado. Enquanto Moisés via
os dedos de Deus escreverem a lei nas tábuas de pedra, o povo perseguia seus
próprios prazeres no vale. Depois deste episódio, Deus disse a Moisés que ainda
permitiria que os israelitas subissem em direção à terra prometida, mas
desta vez, um anjo
iria à frente deles: "...eu não subirei no meio de ti, porque és povo de
dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho" (Êxodo 33.3). E Moisés
respondeu: “... Tu me dizes: Faze subir este povo, porém, não me deste saber a
quem hás de enviar comigo; contudo, disseste: Conheço-te pelo teu nome; também
achaste graça aos meus olhos. Agora, pois, se achei graça aos teus olhos,
rogo-te que me faças saber neste momento o teu caminho, para que eu te conheça,
e ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é o teu povo.
Respondeu-lhe: A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso. Então lhe
disse Moisés: Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste
lugar." (Êxodo 33.12-15) Moisés, juntamente com todos os israelitas, não
só viu como também experimentou os milagres e a sobrenatural provisão de Deus.
A Igreja moderna também experimentou manifestações semelhantes, só que em
escala bem inferior. Muitos de nós teríamos saltado de alegria ao ouvir a
promessa de que Deus iria conosco por onde quer que andássemos. Mas será que ao
menos sabemos para onde ir? Moisés foi sábio em responder: "Se o Senhor não
nos guiar, não vamos a lugar nenhum." Moisés compreendeu que era muito
"bom" ter Deus por perto, mas o "melhor" mesmo era ir com
Ele. Deus negociou com Moisés: "Eu te darei descanso." Creio que, no Novo
Testamento, o cumprimento do "descanso" de Deus para a Igreja são os
dons do Espírito, os quais nos capacitam a treinar e ministrar ao Corpo com um
esforço humano mínimo. A Bíblia diz em Isaías 28.11,12: "Pelo que por
lábios gaguejantes e por língua estranha falará o Senhor a este povo, ao qual
ele disse: Este é o descanso...” Acredito que os dons do Espírito (incluindo
línguas) são o "descanso" referido. Metaforicamente, Deus estava dizendo:
"Moisés, Eu lhe darei os dons, o 'descanso'." E Moisés dizia:
"Eu não quero os dons, quero o Senhor." A Igreja está tão encantada com
os dons do Espírito que não conhece o Doador destes dons. Estamos nos "divertindo"
tanto com os dons de Deus, que até mesmo nos esquecemos de agradecer-Lhe. O
melhor que podemos fazer, como filhos de Deus, é colocá-los de lado e sentarmos
no colo do Pai. Não busque os dons, busque Aquele que os concede! Busque Sua
face e não Suas mãos! Moisés queria a permanência de Deus, e não somente uma
visita Raramente os israelitas tiravam um tempo para agradecer a Deus por Seus
poderosos feitos. Eles estavam ocupados demais organizando "listas de
pedidos" e reclamações referentes às suas necessidades físicas e pessoais.
E o que a grande maioria tem feito hoje. Moisés, no entanto, queria algo mais.
Ele experimentara os milagres. Ele ouvira a voz de Deus e testemunhara Seu
poder de libertação. Mais do que qualquer outra pessoa, naquele tempo, Moisés
provara da manifestação da presença de Deus em porções, visitações temporárias.
Mas tudo o que viu ou experimentou indicava que havia ainda mais esperando por
ele além da nuvem.
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MUITO BOM ÓTIMO E UM APRENDIZADO!
ResponderExcluirÓTIMO
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