quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O Ladrão Que Creu em JESUS CRISTO ...P/04—24/10/2013--ULT PARTE.



O Senhor aceitará a todos os que se arrependam; mas como sabem vocês que vão se arrepender? É verdade que um ladrão foi salvo, mas o outro se perdeu. Um é salvo, e portanto não podemos nos desesperar; o outro está perdido, e portanto não podemos nos vangloriar. Queridos amigos, confio que vocês não estão feitos de tão diabólica substância como para tirar da misericórdia de Deus um argumento para continuar no pecado. Se vocês o fazem, somente lhes posso dizer que a vossa perdição será justa; a haverão atraído sobre vocês mesmos. Considerem agora o ensino de nosso Senhor; vejam a glória de Cristo na salvação. Está pronto para salvar no último momento. Já estava morrendo; seu pé estava no umbral da casa do Pai. Então chega este pobre pecador, ao final da noite, na undécima hora, e o Salvador sorri e manifesta que não entrará se não for com este tardio vagabundo. Aí mesmo na porta declara que esta alma que o busca entrará com Ele. Houve muito tempo para que Ele tivesse vindo antes: vocês sabem como podemos dizer: “Esperaste até o último momento. Já me vou, e não posso atender-te agora”. Nosso Senhor tinha as angústias da morte sobre Ele, e contudo atende ao criminoso que perece, e lhe permite passar através do portal celestial em Sua companhia. Jesus salva com muita facilidade aos pecadores pelos quais Ele morreu com tanta dor. Jesus ama resgatar aos pecadores de sua queda no poço. Estarás muito feliz se fores salvo, mas não estarás nem na metade de felicidade como Ele estará quando te salvar. Vejam quão terno Ele é! “Sua mão nos leva ao trono, Nenhum terror vistes à sua frente; Nem raios para lançar nossas almas culpadas Às ferozes chamas do inferno”. Se achega a nós cheio de ternura, com lágrimas em seus olhos, misericórdia em suas mãos, e amor em seu coração. Creiam que é um grande Salvador de grandes pecadores. Ouvi de alguém que havia recebido grande misericórdia que dizia: “Ele é um grande perdoador;” e gostaria que vocês dissessem o mesmo. Vocês verão suas transgressões apagadas, e os vossos pecados perdoados de uma vez para sempre, se vocês confiam nele. A seguinte doutrina que Cristo prega desta maravilhosa história é a fé que se apropria da promessa. Este homem creu que Jesus era o Cristo. O que fez a seguir foi apropriar-se desse Cristo. O ladrão lhe disse: “Senhor, lembra-te de mim”. Jesus poderia ter dito: “O que tenho eu que ver contigo, e o que tens tu a ver comigo? O que tem que ver um ladrão com o Ser perfeito?” Muitos de vocês, boas pessoas, tratam de afastarem-se tanto quanto possam dos que erram e dos caídos. Poderiam contaminar sua inocência! A sociedade nos exige que não estejamos em términos de familiaridade com as pessoas que ofenderam suas leis. Não devemos ser vistos associados com eles, porque cairíamos no descrédito. Bobagens infames! O que nos pode desacreditar, pecadores como somos, tanto por natureza como pela prática? Se nos conhecemos diante de Deus, não estamos suficientemente degradados em nós mesmos e por causa de nós mesmos? Depois de tudo, há alguém no mundo que seja pior do que nós quando nos vemos no espelho fiel da Palavra? Tão pronto como um homem crê que Jesus é o Cristo, que se firme Nele. No momento que creias que Jesus é o Salvador, agarra-te a Ele como teu Salvador. Se me lembro bem, Agostinho chamou a este ladrão “Latro Laudabilis et Mirabilis,” um ladrão para ser louvado e admirado, que se atreveu, por assim dizer, a tomar para si ao Salvador como seu. Nisto deve ser imitado. Toma ao Senhor para que seja teu, e o terás. Jesus é propriedade comum de todos os pecadores que se atrevem a tomá-lo. Todo pecador que tem o desejo de fazê-lo pode levar para sua casa ao Senhor. Ele veio ao mundo para salvar aos pecadores. Tomem-no pela força, como os que roubam tomam seu despojo; porque o reino do céu sofre a violência da fé que se atreve. Agarre-o, e Ele nunca se separará de ti. Se confias Nele, deve te salvar. Estejam advertidos sobre a doutrina da fé em seu poder imediato.
“No momento que um pecador crê, E confia em seu Deus crucificado, Recebe de imediato seu perdão, Redenção completa por Seu sangue”. “Hoje estarás comigo no paraíso”. Assim que crê, Cristo sela sua fé com a segurança completa de que estará com Ele para sempre em sua glória. Oh, queridos corações, se vocês creem, serão salvos!  Que Deus lhes conceda, por sua rica graça, que venha a salvação aqui, neste lugar, e de imediato! O seguinte é, a proximidade das coisas eternas. Pensem nisto por um minuto. O céu e o inferno não são lugares distantes. Podem estar no céu antes de outro “tic” do relógio, está tão perto. Que possamos rasgar esse véu que nos separa do desconhecido! Tudo está ali, e tudo perto. “Hoje,”  disse o Senhor; no máximo de três ou quatro horas, “estarás comigo no paraíso;” está tão perto. Um estadista nos deu a expressão de estar “em uma distância medível”. Todos estamos dentro de uma distância medível do céu e do inferno; se há alguma dificuldade em medir a distância, descanse em sua brevidade mais que em sua longitude. “Um suave suspiro rompe as cadeias, Apenas podemos dizer, 'se foi,' Antes que o espírito redimido, Tome sua mansão próximo ao trono”. Oh, que nós, no lugar de aceitar com leviandade estas coisas, porque parecem tão distantes, as tomassemos solenemente em conta, pois estão tão próximas! Este mesmo dia, antes que se ponha o sol, algum leitor, sentado neste lugar, pode ver em seu próprio espírito as realidades do céu e do inferno. Tem ocorrido frequentemente nesta leitura que alguém de nossa audiência tenha morrido antes que chegasse o  dia seguinte; pode ocorrer esta semana. Pensem nisto, e que as coisas eternas lhes impressionem ainda mais devido a sua proximidade. Mais ainda, saibam que se creram em Jesus estão preparados para o céu. Pode ser que tenham que viver na terra por vinte, ou trinta, ou quarenta anos para glorificar a Cristo; e, se assim é, agradeçam o privilégio; mas se não vivem uma hora a mais, essa morte instantânea não alteraria o fato de que quem crê no Filho de Deus está pronto para o céu. Seguramente se algo fosse necessário além da fé para nos tornarmos dignos do paraíso, o ladrão teria sido retido um pouco mais de tempo aqui; mas não, ele está na manhã em sua natureza, ao meio-dia entra no estado de graça, e ao anoitecer está no estado de glória. A pergunta nunca é, se um arrependimento no leito de morte é aceito se é sincero. A pergunta é: É sincero? Se assim é, se o homem morre cinco minutos depois de seu primeiro ato de fé, está tão seguro como se houvesse servido ao Senhor por cinquenta anos. Se tua fé é verdadeira, se morres um momento depois que creste em Cristo, serás admitido no paraíso, ainda que não tenha desfrutado de tempo para produzir boas obras e outras evidências da graça. Ele que lê o coração lerá tua fé escrita nas tábuas de carne, e te aceitará por meio de Jesus Cristo, ainda que nenhum ato de graça se tenha feito visível aos olhos dos homens. Concluo dizendo outra vez que este não é um caso excepcional. Comecei  com isso, e com isso quero terminar, por haver tantos falsos pregadores do evangelho, terrivelmente temerosos de pregar a graça imerecida com plenitude. Li em algum lugar, e creio que é verdadeiro, que alguns ministros pregam o evangelho da mesma maneira que os asnos comem espinhos, ou seja, muito, mas muito cuidadosamente. Pelo contrário, eu pregarei atrevidamente. Não tenho a menor apreensão acerca deste assunto. Se alguém de vocês faz mau uso do ensino da graça gratuita, não o posso impedir. Aquele que será condenado pode arruinar-se por perverter o evangelho como por outra coisa qualquer. Não posso impedir o que os corações baixos possam inventar; mas o meu intuito é pregar o evangelho em toda a sua plenitude de graça, e assim o farei. Se o ladrão foi um caso excepcional, e nosso Senhor não atua usualmente desta maneira, haveria uma indicação de um fato tão importante. Teria sido posto um cerco de proteção para esta exceção a todas as regras. Não teria dito o Salvador tranquilamente ao moribundo: “És o único a quem tratarei desta maneira”? “Não o menciones, pois senão terei muitos me assediando”. Se o Salvador quisesse que fosse um caso solitário, lhe teria dito em baixa voz: “Não deixes que ninguém saiba; mas hoje estarás no reino comigo”. Não, nosso Senhor falou abertamente, e os que estavam ao redor ouviram o que disse. Ademais, o inspirado escritor o assentou assim. Se fosse um caso excepcional, não teria sido escrito na Palavra de Deus. Os homens não publicam suas ações nos periódicos se sentem que ao registrá-las podem conduzir outros a esperar o que não podem dar. O Salvador fez que esta maravilha da graça se reportasse nas notícias diárias do evangelho, porque Ele quer repetir essa maravilha a cada dia. O todo será igual a amostra, e por isto lhes põe frente à amostra a cada um de vocês. Ele é capaz de salvar por completo, pois salvou ao ladrão que agonizava. O caso não teria sido exposto para alentar esperanças que Ele não poderia cumprir. Todas as coisas escritas então, foram escritas para que aprendêssemos e não para que nos desalentássemos. Por isso, lhes rogo, se alguns de vós todavia não estão confirmados no meu Senhor Jesus, venham e confiem Nele agora. E então cantarão comigo:
“O ladrão agonizante se regozijou ao ver,
Essa fonte em seu dia,
E ali eu também, tão vil como ele,
Lavei todos os meus pecados.
AMEM.
                                    
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